Cai-me os botões

Calou-me as dores idôneas
De um aperto arredio na mãos geladas
Acalmou minhas têmporas
Há tempos que gelava e olhava por um sorriso de asfalto.
Há tempos que em meio-gente, meio-fio
Vivia a sonhar com umas diurnas dunas d'umas loucuras surdas.
Ah, se me estendesse um tapete de noite,
Faria do brilho dos teus olhos, estrelas
Do teu sorriso, minha lua.
De-me a chance de porventura ter-te em mãos a suavidade da chuva.
Que corre pelos pomares do teu rosto.
Se encontrando onde a terra fértil da alegoria cansada, pronuncia a vitória do silêncio.
Um beijo.

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