Aos meus "cons"

Que seja do mais pífio metal
Ao mais rico avental
Do mais pobre cinzal
Às rendas de conchas e cristal
Do pequeno sentinela insone
Ao adormecido compadre infame
Da moça que erra sem rumo
A que dança ao odor de fumo
O doente que padece
Ao médico que enriquece

Numa senzala de comedidos
De portas entreabertas
Abre-se para ti um momento mais desperto
Que some ao raciocínio num horizonte de por quês
Tendo somente sentido se pensado com os braços
Braços abertos ao conhecer
Esperando essa comiseração adormecer
De tanto esperar por apenas não querer mas saber.

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