Ódio dissolvido em críticas. Bom.

Muda pois, não mudo-te.
É mais pela metade faltante que pela que vai completar.
Fica essa tua mentira mal contada pela metade.
Pela metade tu andas contando e cantando
Os contos aos cantos e catando cacos aos montes.
Poeira de caco remontado em carpete velho.
Muda-te, senão, mudo-te.
Pois mudar consiste de não ser o mesmo.
Ou vai consumir todo o mundo antes disso?
Pode ser te afogues em vento que sai do teu peito.
Lá não habita a conformidade imponente de cachorro doente.
Nós. Ego. Eles.
Pois de "sós", têm de sobra. E o que te sobra?
O sabor de deixar cair a ultima folha de árvore robusta no outono.
Com o pescoço dolorido de tanto olhar pra trás.
Muda-te, ou te mantém.
Já é inverno e ainda procura as folhas pra se cobrir.
Há de morrer de frio mesmo coberto de fogo.
Ou quem sabe é tudo mais um gole de pergunta sem resposta...

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