Minhas desculpas.

Se mudo, mudo por ti.
Mudo por que acha o erro onde construí a certeza.
Se choro, choro por ti.
Que me muda e me cura da cegueira.
Se rio, rio por ti.
Que me mostra graça na desgraça de viver chorando e mudando por ti.
Agora, se fujo, isso faço por mim.
É difícil me ser sem te ter.
Ou te ter sem me ser.
Então se fujo de ti, é por que na verdade fujo de mim.
Pois tenho em ti o ideal de mim.
Calado consinto em ceder.

É quando procura a mim que me acho.
Pois deixei de me ser quando quis te ter.
Troquei o querer ver por apenas viver.
E me basta teu sorriso, teu choro e teu riso.
Numa curta manhã de domingo.
Para que, de novo, me tenha em ti como te tenho em mim.
Um pedido de desculpas silencioso.
Silencioso como o que não disse por esquecer quem sou.
E esqueceu quem sou, pois deixei de me ser.
Para apenas viver para ver você ser.

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