Fosse isso.

Foi-se, por que é desproporcional.
É de ser, é de estar.
É dizer, que agora a foice é reza de louco em campo de lírio morto.
Que findo o cansaço é chegada a hora do pé voar por cima da responsabilidade
E descansar saudoso do abraço do sapato de couro velho.
Calçado que levou tanto tristeza arrastada sobre terra batida,
Quanto sorriso em grama recém-cortada.
Com cheiro de manga fresca que cai do pé por querer conhecer o mundo.
Cai em sombra de grandeza, com ambição de ser árvore.
Ter um dia raiz profunda pra que vento nenhum dobre.
Puxa que caduco.
Tinham rosas pra regar, margaridas pra colher e tabaco pra secar.
Foi-se antes que o Sol nascesse de novo.
Não queria que o brilho ofuscasse seus olhos empedrados de horizonte.
Nem que as nuvens enfeitassem o topo da cabeça, calva de tanto pensar.
É por que é desproporcional que viva sendo mais que terra ou manga.

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